Todos os dias regresso da escola com a sensação de que não conseguirei continuar por muito mais tempo alheia ao estado calamitoso da educação que temos. Cumpro tudo aquilo a que sou obrigada mas faço das tripas coração para que a “minha” escola e os “meus” alunos se reculturem todos os dias, procurando novas formas de debate, novos temas de discussão, ambicionando a irreverência que nos permita a todos, viver os dias de uma forma mais feliz e numa sociedade mais justa. Porém, esta sociedade não me ajuda neste intento. Todos os dias vejo aumentar a descrença dos jovens por um mundo melhor. Muitos deixaram de acreditar na justiça. Basta que lhes peça um texto sobre o tema e são os grandes exemplos de corrupção política e desportiva que imediatamente vêm à baila. E pouco mais.
Carmo Machado, 10.02.2019
A meu ver, a gestão curricular ocupa, neste contexto do mundo em que vivemos, uma centralidade inegável na medida em que permitirá, se a fizermos com eficácia criativa, relançar o elo entre a escola e a sociedade numa perspetiva de adequação aos seus destinatários, proporcionando, paralelamente às aprendizagens comuns a todos, uma diferenciação que pudesse colmatar as diferenças cognitivas e culturais dos nossos jovens.
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