segunda-feira, 1 de maio de 2017

Passado Colonial. "Não sabemos o lado verdadeiro da nossa história"

 
Frederica: "A História foi o que nos trouxe até aqui e temos de a conhecer, porque nos a perceber quem somos." 
Marta concorda: "Há uma grande vontade de esconder as coisas como elas realmente foram. Olhando para o manual do 12.º ano, mesmo em relação ao nazismo não tem nada por aí além. Daí que quando a professora mostrou o documentário sobre os campos de concentração aquilo foi um choque tremendo e foi bem dado. Temos da guerra colonial a ideia de que foram todos muito selvagens tanto de um lado como do outro, mas do império colonial o que nos vem à cabeça é a imagem do mapa e da Europa a dizer "Portugal não é um país pequeno". 
Do 25 de Abril sabemos todos os pormenores, falamos de tudo e mais alguma coisa. Mas da guerra colonial só nos dão a ideia geral. Nós temos 12 anos de escolaridade obrigatória. E pelo menos num desses anos, no último, devemos aproveitar a oportunidade para nos educarmos sobre certos assuntos que não são falados em mais lado nenhum, porque ainda são tabu. Não sabemos o lado verdadeiro das coisas, o lado verdadeiro da nossa história."




ALFIN 



Literacia Informacional não trata de saber lidar com ambientes digitais, mas com competências de produção de pensamento crítico, pesquisa, descoberta, transformação e criação de informação. Neste caso sobre o que somos e queremos ser, matéria da História e das Ciências Humanas, que todos os dias descobrimos serem saberes essenciais no século XXI, tal como as artes da comunicação e da expressão. Para saber mais, leiam a reportagem, publicada hoje, 100 anos depois da Revolução de Outubro, muitos mais depois de 1441, quando se inicia o comércio de escravos por mãos porturguesas, e de  outros factos significativos, se os soubermos descobrir, ler e interpretar.




Reportagem - Passado Colonial. "Não sabemos o lado verdadeiro da nossa história"

domingo, 30 de abril de 2017

A Voz do Operário discutiu “perfil dos alunos para o século XXI”

 
"Por último, tratando-se de um perfil que valoriza o
local e a participação, existem desafios em relação à
produção de meios didáticos - a começar pelos livros escolares.
A experiência nas escolas de A Voz revela que a
aquisição anual de livros escolares com a lógica de um
livro/uma criança não é necessário, nem é desejável.
Considera-se que a autonomia das crianças começa com
a conceção do seu plano de aprendizagem como fruto da
interação com as outras crianças e os adultos imediatamente
implicados e não depende de um fornecedor de
conteúdos à distância."

Isto da "frente digital" na educação tem de ser pensado de cabo a rabo, que é como quem diz dos princípios gerais e dos curriculum aos programas, aos manuais e às condições quotidinas das escolas, como tudo o resto, criticamente e evitando deslumbramentos e cansaços.



Vale mesmo a pena ler o parecer todo da Voz do Operário, assinado por Pascal Paulus e publicado na página 4 do Jornal desta escola centenária de Lisboa.



JornalAbril2017.pdf