quinta-feira, 26 de abril de 2012

Democracia e bibliotecas



Na visão de Backus, podem ser partilhados não apenas os livros, mas toda uma variedade de materiais, incluindo ferramentas, uma sala vaga, carros, mobília, música e arte, entre pares, através das bibliotecas, numa base que pode ser construída pela confiança e a credibilidade. "As bibliotecas podem permitir às pessoas um uso melhor dos seus próprios recursos, pela partilha", afirma. "Pela  partilha através da biblioteca, em vez de ter de se organizar uma rede totalmente nova (para a partilha), podemos dar um pouco mais de poder à gente que usa a biblioteca." 
"O meu interesse pelas bibliotecas", continua, "tem a ver com a tentativa de ser uma força alternativa para alguma coisa mais próxima de uma sociedade e de uma cultura que a si mesmo se possui, democraticamente. Em pleno capitalismo do mercado hiper-livre, as bibliotecas estão a tentar representar, ainda, alguma alternativa onde as coisas ainda se partilham e o conhecimento é construído e apropriado de modo cooperativo." (...)
“As bibliotecas existem para que as pessoas se possam informar por si mesmas. " diz Backus. “Mas não têm de ser apenas locais para aceder à informação. São, cada vez mais, lugares, para fazer alguma coisa sobre aquilo que se está a aprender; para adquirir conhecimento e fazer alguma coisa com ele."

“ Cheguei ao ponto em que quando penso numa biblioteca, a minha imaginação não a representa como um edifício cheio de estantes de livros, " continua. "Representa-a como um espaço e uma rede muito mais interactivos. Todos conhecemos o poster de biblioteca que diz "Lê", mas penso que o ponto crucial do serviço de biblioteca é transformar essa palavra "Lê" em "Age", "Questiona", "Faz", "Experimenta", "Põe a cabeça de fora".

Artigo de Cat Johnson, acedido pela ajuda de Miguel Mimoso Correia, no FBLer mais (em inglês) aqui

25 de Abril de 2012. Nem de encomenda!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

All Aboard!: Implementing Common Core offers school librarians an opportunity to take the lead.


The textbook is dead . While some textbooks may wander your school halls like zombies for the next couple of years, make no mistake... the textbook as we know it is dead. Common Core calls for shorter, well-crafted texts that kids can consider more deeply. The focus is on primary (or maybe secondary) sources, not the predigested tertiary writing found in many of today’s textbooks.


Ler+:
All Aboard!: Implementing Common Core offers school librarians an opportunity to take the lead.

terça-feira, 24 de abril de 2012

3 Hottest Trends in Education Reform


Education news from NY (USA)
"In light of this challenge – to prove that innovations in education are actually effective – here are the areas and products within education that live up to their “game-changing” hype:

1) Adaptive Learning: Imagine a GPS for education where content and instruction is adapted to your learning style and needs. This algorithm-intensive system provides invaluable student data to teachers (a la Anderson’s recommendation), in addition to customized student learning opportunities outside the classroom. Two outstanding examples include Jose Ferreira’s Knewton, and McGraw-Hill’s Digital Products Group under the leadership of the talented Jay Chakrapati, who offers multiple products to learners and teachers across the K-12 and university spectrum. According to a new McGraw-Hill report, college students using their AL technology increased their course performance by one letter grade and increased their pass rates by 12.5%.


2) Online Learning: Online learning is not new, but finding a legitimate, quality-assured program is difficult. Enter 2tor, Inc, an online learning platform harnessing the internet, social media, cloud computing, and mobile technology to offer students a new level of online learning that eschews the sketchy model of virtual degrees for a full educational experience akin to studying on-campus. It works with top-ranked universities, pioneering its first model with USC and then with UNC’s top ranked MBA program. The beauty of 2tor is that it improves how students learn online while helping the university do what it does best: create and share knowledge.


3) Continuous Learning: The emergence of Khan Academy, Skillshare, and General Assembly offer informal learners the chance to hone and refine skills in core areas like finance, entrepreneurship, and computer programming without having to “go back to school.” The current challenge is how to balance the democratization of teaching with accreditation so that learners who put the time and effort to enroll in classes like General Assembly’s 3-week intensive Web Development course demonstrate added value to employers. Given startup solutions like LearningJar or GA’s recent partnership with LaGuardia Community College, it won’t be long until new models of continuous education programs become major players in career advancement and the post-secondary scene."

24x7 Digital Learning - Blog View - 3 Hottest Trends in Education Reform

Cravo em Abril



E – Há uma pergunta muito simples e muito curiosa para a maioria das pessoas, que é saber como é que aparece o cravo como símbolo da revolução? Como é que logo nas primeiras horas do 25 de Abril os soldados e a população aparecem a distribuir cravos e a transportá-los nos mais variados sítios: espingardas, lapelas, carros...?

M – Quando nós seguíamos do Terreiro do Paço para o Quartel do Carmo acontece a maior apoteose que eu alguma vez vi, e que dificilmente se poderá repetir, em que as pessoas choravam e se abraçavam. É em apoteose que nós chegamos ao Rossio. Quando aí chego, há uma Companhia formada em cima das viaturas, e eu não estava à espera dela, e há um jipe à frente dessa coluna donde sai um Capitão. Eu dirijo-me a ele a perguntar "então o que é que estás aqui a fazer?", ele diz "o Governo mandou-me para aqui mas eu estou convosco" e eu digo-lhe para vir atrás da gente. Quando estamos nesta coisa em que a população não percebia bem o que se estava a passar, quando verificou que estávamos todos do mesmo lado, começámos a ser envolvidos por 2 ou 3 ardinas que começam a distribuir os jornais que tinham acabado de sair sem censura, em frente estão as vendedoras de flores. As que existiam nessa altura eram os cravos brancos e vermelhos. Pegam nos molhos que aí tinham e começam-nos a oferecer, assim como outras pessoas que nos vêm oferecer de tudo, inclusive um homem com um presunto e uma faca. Neste contexto, como o vermelho é sinónimo de esquerda e tem um certo enquadramento, os fotógrafos começam a valorizar as fotografias dos cravos vermelhos; mas a realidade é que eles eram vermelhos e brancos que eram os que estavam à venda, assim como alguns jarros, mas estes sem o mesmo significado; se havia 4 molhos de cravos havia um molho de jarros. São as flores que existiam para venda e que são dadas na altura, em que as fotografias depois valorizam o vermelho.

Pela voz de Salgueiro Maia 

http://www1.ci.uc.pt/cd25a/media/Videos/SMaia5.swf

Mais coisas sobre o 25 de Abril em CD, aqui