A outra parte da equação é, naturalmente, como as instituições educativas estão
bem preparadas para e familiarizadas com a aprendizagem online, e como os
professores estão bem preparados e comprometidos na aprendizagem online.
Mesmo onde a educação online não depende diretamente das escolas, as
condições tecnológicas das escolas fornecem alguma indicação da prontidão do
sistema educativo.
Além disso, o sucesso de muitos alunos nas próximas semanas
e meses dependerá criticamente do quão próximo estão dos seus professores.
Isto é ainda mais verdadeiro para alunos de origens desfavorecidas que podem
não ter o apoio dos pais ou que não têm a resiliência, estratégias de aprendizagem
ou compromisso de aprender por conta própria.
Não deve haver ilusões sobre
o impacto que a combinação de dificuldades económicas e encerramento de
escolas pode ter sobre as crianças mais pobres.
As necessidades dessas crianças
serão uma preocupação para os professores, o que enfatiza a importância de
manter os professores comprometidos e conectados com os alunos.
Há uma
outra consideração: o PISA 2018 revelou que mesmo entre estudantes de 15
anos, em média nos países da OCDE, apenas 1 em cada 9 foi capaz de distinguir
entre facto e opinião, com base em pistas implícitas relativas ao conteúdo ou
fonte da informação. Assim, sem uma orientação e apoio consideráveis dos
professores, é pouco provável que os alunos consigam navegar sozinhos pelo
mundo da aprendizagem online.
Um roteiro para orientar a resposta educativa à Pandemia da COVID-19 de 2020. Vale a pena ler, e todo.
O relatório, elaborado por Fernando M. Reimers, da Global Education Innovation Initiative - da Universidade de Harvard, e Andreas Schleicher, diretor do departamento de Educação e Competências da OCDE, tem por objetivo apoiar a tomada de decisões na área educativa para desenvolver e implementar respostas educativas eficazes ao encerramento de escolas, devido à Pandemia da COVID-19.
Publicado pela OEI em 30 de Março de 2020. Disponível em URL: