As oficinas de vídeo, que duraram uma semana, foram orientadas por Filipa Reis e João Miller Guerra, realizadores dos documentários Li Ké Terra e Bela Vista, e também pela actriz e encenadora Maria Gil. A directora do programa Gulbenkian Educação para a Cultura e Ciência, Maria de Assis, salienta que o objectivo foi também dar aos alunos mais conhecimentos sobre os processos ligados à construção de um vídeo e à leitura de imagens. Admite, porém, que o tema da escola se tornou “tão importante” que acabou por se sobrepor à questão da “literacia visual”.
Mas o projecto teve frutos: houve casos em que os alunos constituíram uma associação de estudantes e outros em que, como em Vila Nova da Barquinha, conseguiram acesso à Internet. “Nós vamos lá fazer uma explosão e depois vimo-nos embora”, brinca Filipa Reis. O professor de Matemática de Vila Nova da Barquinha, Paulo Tavares, não tem dúvidas de que o processo foi “enriquecedor em termos formativos”: “Até para tomarem consciência de que, para conseguirem algo, têm de dizer o que não está bem. Isso dá-lhes uma consciência crítica e construtiva maior."
"No lado bom já está tudo bem, é no lado mau que podemos melhorar a escola" - PÚBLICO