A elite brasileira, que adora odiar Paulo Freire, compra a peso de ouro para seus filhos o ingresso em escolas em muito influenciadas por ele. Aos filhos dos pobres, resta a disciplina escolar do século XIX. Mas a diferença talvez não seja tão despropositada. Afinal, nas escolas públicas estudam os pobres, que serão no futuro funcionários dos alunos ricos. E o que se espera do trabalhador pobre, a não ser obediência? Aos ricos, proporciona-se liberdade. Dos ricos, esperam-se criatividade, “empreendedorismo”, autonomia. Ao pobre, destinamos o adestramento.
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José Ruy Lozano, sociólogo, autor de livros didáticos, conselheiro do Conselho Independente de Proteção à Infância (Cipi) e coordenador pedagógico geral do Colégio Nossa Senhora do Morumbi – Rede Alix. Brasil, 2017
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