Imagem de refeição num colégio privado (Braga) - créditos desconhecidos - daqui http://alfarrabio.di.uminho.pt/teresiano/anos_ant/2004_05/esp/cantina_pre.jpg |
Em primeiro lugar, à custa dos direitos laborais das suas trabalhadoras, que são precárias, mal pagas e despedidas em julho. Em segundo lugar, à custa da qualidade e quantidade dos produtos fornecidos. No final, quem perde são os miúdos. Em qualidade de vida, como explicou a Ordem dos Nutricionistas, e em hábitos alimentares que serão essenciais para se manterem saudáveis o resto da vida. Como noutras matérias, o que se quer poupar na escola acabará por se gastar no Serviço Nacional de Saúde.
Também não há mistério na solução. Em 2008, a presidente do conselho executivo de uma escola do Porto fez declarações públicas sobre as cantinas concessionadas: “Quando tínhamos a nossa cozinheira, a cantina estava cheia, a comida apresentava outra qualidade e podíamos organizar uma série de atividades de educação alimentar.” Em 2016, a ASAE fechou uma cantina e instaurou 28 processos de contraordenação. Na sequência disso, a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) fez um comunicado em que dizia que “as refeições nas escolas devem ser produzidas nas próprias escolas com alimentos comprados com recursos públicos, produzidos por agricultores locais”.
Joana Mortágua, 08/11/2017
Frango cru (ou o balanço da concessão das cantinas escolares)
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