sexta-feira, 22 de junho de 2012

Há computadores. Para quê professores?


"So what is the key difference between online education and face-to-face, residential education? The late John Strohbehn, the provost at Duke, used to say parents are willing to pay a lot to have professionals turn their 18-year-old kids into 21-year-old adults. Almost everything about the intensity of college and the multiple pressures of studying, social life, work life, and extracurricular leadership activities is part of what leads to that development process from being a teenager to being ready for an independent adult life. Especially for middle-class America, with its over-protected, over-regulated teens and helicopter parents, giving up on universities means educational disempowerment (youth unemployment is high but far higher for those without a college degree). And it also means a major change in the very structuring of parenting."
in Podemos substituir os professores por ecrans de computador? , de Cathy Davidson (vejam também as caixas de comentários)


"Ensine-lhe as coisas da escola, ensine-o a estudar, que a educação dou-lhe eu em casa. E faça o favor de me chamar quando for preciso. Se eu não puder vir, vem a irmã mais velha, trabalhar com a professora." - dizia-me uma mãe de um aluno adolescente há muitos anos, numa aldeia de Portugal. Que isto de educar pequenos foi sempre muito casa de mulheres, conversa entre mulheres da casa, e mulheres da escola.
Outros tempos e conceitos? Talvez nem tanto...

Hoje, as Universidades viram-se para sistemas como o MOOC (Massive Online Open Courses) , pagos ou gratuitos, que se podem resumir, ou não, a palestras à distância, uma espécie de versão moderna da tele-escola, podendo ser diferidos ou em direto, com maior ou menos interatividade (webinars, videoconferências). Ferramentas úteis graças à universalidade da banda larga e ao progresso dos recursos em livre acesso, é entusiasmante trabalhar com elas, e também por isso mesmo faz falta pensar mais um pouco.

Cathy Davidson interroga nessa medida a dimensão educativa fundamental,  reforçando a importância da relação professor-aluno no crescimento deste, enquanto pessoa autónoma (empowerment) e membro de comunidades. Fá-lo no quadro de uma polémica desencadeada por um artigo seu anterior, em que mostrava a crescente importância e o vigor dos recursos online e digitais em geral, tanto em termos de menor custo como de maior facilidade de acesso ao conhecimento. De facto, uma polémica sobre a natureza do conhecimento e do essencial em educação, mais do que uma polémica sobre o uso das tecnologias e dos meios informáticos, da web.

De facto, mesmo as lições por Youtube só tornam dispensável o professor (e a maneira de ser professor) magistral, que comunica uma mensagem única para todos os alunos sem interação nem individualização - como se fosse um programa de TV, e como acontece em muitas "aulas" universitárias e outras. Fica mais visível o valor do trabalho de acompanhamento, de presença atenta a cada aluno e ao seu percurso de aprendizagem e afirmação - mesmo que às vezes as conversas sejam por email, em chat, ao telefone, sobre conteúdos científicos, a diferença entre um debate técnico e uma aula/relação pedagógica é que as conversas podem ser sobre o urso pardo, os verbos declarativos, a filosofia de Descartes ou uma fórmula matemática - quando, como alunos, falamos com um professor, falamos sempre também de nós. E esperamos que ele também entenda desse assunto.

Assim, a tecnologia em expansão, por si só, longe de desvalorizar o trabalho do professor, e a sua existência, antes cada vez tornarão mais preciosa a sua presença e a sua preparação pedagógica - sendo a pedagogia, como é, uma arte da relação com os seres em crescimento - e decisivo o conhecimento amadurecido das famílias sobre educação e o papel da escola, da internet, da tv e das pessoas da casa (e da escola enquanto casa e espaço de relações pessoais e sociais, também entre pares) nos caminhos de cada aluno. Com resultados que podem ser muito diferentes, até em termos de acesso ao mercado de trabalho. Como conclui Cathy Davison, referindo-se aos cursos universitários: 
"If I'm interviewing two candidates for a job or graduate program and one attended a residential college/university and had a rich array of college activities and experiences and the other earned their degree entirely through an online program, it is crystal clear which one I'm going to take."
O que levanta outra questão: sendo o ensino online muito mais barato, se desistirmos de oferecer boas escolas e bons professores a todos, em condições de qualidade educativa, estaremos a fomentar grandes desigualdades de acesso à educação? É um risco real. Porém, como se afirma num dos comentários ao post de Davidson: 
"it's hard to see how bringing education to the masses can be anything other than a good thing.  Sure, the only education may only be 90% as good as a traditional college education -- but, if it allows people with families and jobs to better their knowledge and their communities, then it's a big win."

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ebooks, YReaders e bibliotecas : um guia





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Um guia abreviado de alguns pontos fundamentais num campo em que a procura tem vindo a crescer.
E um blog interessante a explorar : Universo Abierto (Fac. Trad. e Doc. da Unv. de Salamanca)

Relatório, relatório meu, há alguém que relate melhor que eu?





O Verão é tempo de relatórios e mais relatórios nas escolas. 
Este é bem original e dedicado aos professores bibliotecários e bibliotecários escolares de resiliente sentido de humor :)
A autora foi vencedora de um prémio em 2012 com o seu Blog